O advogado Jair Alves Pereira disse que não há nada que justifique a manutenção do ex-governador Marcelo Miranda (MDB) e de seu irmão, José Edmar Brito Miranda Júnior. “Estão presos porque estão, pelos mesmos fatos antigos”, informou.
Na semana passada a 4ª Vara Federal Criminal negou mais um pedido de liberdade aos Miranda. No pedido de liberdade, a defesa alegava falta de pressupostos para a prisão preventiva; ausência de fundamentos; descumprimento do requisito da contemporaneidade; e lapso temporal demasiado da prisão cautelar preventiva, que se prolonga por mais de 110 dias.
Para o juiz João Paulo Abe, os fatos que levaram à prisão de Miranda ainda são “vigorosos”, e não há inércia do Poder Judiciário na apuração e julgamento dos fatos pelos quais é acusado.
Ainda segundo o magistrado, o acervo de provas que justificam a prisão dos Miranda é “extenso e robusto”, e ainda que a liberdade dos acusados pode prejudicar a instrução criminal, uma vez que os mesmos têm “potencial capacidade de intimidação dos colaboradores premiados, além da contaminação da burocracia estatal pela influência política dos acusados, decorrente da ampla e qualificada rede de contatos político administrativos, relevantes na organização da administração pública, em condição capaz de embaraçar as investigações””, assinalou o juiz.
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